De acordo com a UNESCO, no contexto atual de globalização em que vivemos, a velocidade e a complexidade das transformações econômicas, tecnológicas e culturais exigem de nós um processo contínuo de adaptação e readaptação ao longo de toda a nossa vida.
Antigamente era muito comum nos formarmos em determinada profissão e nos aposentarmos nela, contudo os desafios recentes em um mundo Bani, pós-pandêmico, acrônimo do inglês (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible) - considerado um ecossistema frágil, ansioso, não linear e incompreensível - somos impelidos a adotar um processo continuado de aprendermos, desaprendermos e reaprendermos por inúmeras vezes, tal como proposto pelo conceito de Long Life Learning que em português traduz a importância da Aprendizagem ao Longo da Vida, uma vez que, neste contexto, tudo aquilo que aprendemos fica defasado muito rapidamente.
Contudo, precisamos ter em mente que a aprendizagem trata-se de um processo que demanda muito esforço cognitivo, costuma ser lento e cumulativo. Precisamos, assim, acreditar que conseguimos aprender e nos dedicarmos criando uma rotina de estudo. Como expresso por Thomas Edison: “A genialidade é 1% de inspiração e 99% de transpiração”.
A trivialidade da excelência só é obtida através da repetição e isso demanda dedicação e persistência. Afinal de contas, não tem nada mais difícil do que fazermos a mesma coisa todos os dias para nos aprimorarmos. O hábito é um comportamento aprendido que, após ser repetido por inúmeras vezes, torna-se automatizado em nosso cérebro. Assim sendo, por exemplo, um ultramaratonista treina com uma rotina de atividades por quatro anos consecutivos para poder percorrer, em um campeonato olímpico, cem metros em menos de cinco segundos.
Para aprendermos, antes de mais nada, precisamos manter o nosso foco atencional e, sobretudo, considerarmos a máxima: “uma atividade de cada vez”. No processo de aprendizagem, igualmente, é normal nos sentirmos ameaçados diante de um conteúdo desconhecido, no entanto, o medo nos paralisa e ativa as nossas reações primitivas de defesa como: luta, fuga e congelamento. Neste sentido ao invés de ameaçados, precisamos mudar o nosso sentimento para uma sensação de desafio que nos incita a ultrapassar limites.
Tal como proposto no modelo de taxonomia de Bloom existem seis níveis de aprendizagem que passam necessariamente por: Lembrar (guardar o conhecimento adquirido), Aprender (ter um conhecimento relativamente estável capaz de ser evocado em nossa memória), Aplicar (colocar em prática o conhecimento consolidado), Analisar (estabelecer correlações do que foi aprendido com outros conteúdos prévios), Sintetizar (tornar conciso na mente, os conceitos estudados) e Criar (imaginar como otimizar e resolver problemas com base na aprendizagem assimilada).
Uma técnica muito utilizada, atualmente, para a facilitação dos estudos, conhecida como Método Pomodoro preconiza a importância das pausas nos estudos para a retenção e evocação dos conteúdos adquiridos. Nesta técnica é proposto que o estudante realize 25 minutos de estudo ou trabalho focado, interrompidos por intervalos de 5 minutos e, após quatro intervalos de estudo consecutivos, implemente intervalos mais longos, que podem variar de 15 a 30 minutos. Esta técnica criada por um italiano foi batizada de Pomodoro e recebe este nome, porque o seu criador utilizava um timmer de cozinha para gerenciar o tempo que tinha o formato de um tomate.
“O aluno que sabe estudar acaba tornando-se o professor de si mesmo.”
Velasco
DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
Psicólogo em São Paulo - CRP - 06/186.890
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Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Hipnoterapia.
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